Não sei mais se te quero rio
atravessando finito
o leito proibido do meu desejo...
Ou se te quero mar,
onda dúbia que me deixa
areia úmida,
expectante gueixa...
Não sei mais se te quero sêmen
(transbordando minha falta de limite...)
ou se te quero suor,
garoa dos teus pêlos
nos meus secos...
Sei apenas que te quero,
em lágrimas...
"Yo sé que estoy ligado a ti/ más fuerte que la hiedra/ porque tus ojos de mis sueños/ no pueden separarse jamás." Agustín Lara
sexta-feira, dezembro 30, 2005
quinta-feira, dezembro 29, 2005
Troca
Existe, além das palavras e do riso,
a comunicação precisa das mãos,
a confusão das pernas e, entre elas,
a indecisa junção
que se repete sem trégua,
até o final, trêmula paz!...
Se é minha a umidade onde termina
a dureza da sua paixão explícita,
seu é o ilícito gemido
(prova fugaz desse delito),
som do meu prazer
no seu ouvido...
a comunicação precisa das mãos,
a confusão das pernas e, entre elas,
a indecisa junção
que se repete sem trégua,
até o final, trêmula paz!...
Se é minha a umidade onde termina
a dureza da sua paixão explícita,
seu é o ilícito gemido
(prova fugaz desse delito),
som do meu prazer
no seu ouvido...
segunda-feira, dezembro 26, 2005
Vontade*
Sua mão segura meu seio,
desliza para a cintura,
escorre pela coxa
e me procura...
Nas minhas costas,
o seu peito roça,
um coração dispara,
não importa qual...
Então, sem aviso,
tenho o que é preciso:
na minha nuca
sua boca vibra,
eu me arrepio
e a vida brilha!...
*para que se faça a sua vontade, Mario...
desliza para a cintura,
escorre pela coxa
e me procura...
Nas minhas costas,
o seu peito roça,
um coração dispara,
não importa qual...
Então, sem aviso,
tenho o que é preciso:
na minha nuca
sua boca vibra,
eu me arrepio
e a vida brilha!...
*para que se faça a sua vontade, Mario...
Crônico
Não existe cura para esse desejo...
Apenas sobrevivo até a próxima gota,
respiro até o próximo beijo,
deliro até que de novo
a febre me queime
infinitas vezes...
Apenas sobrevivo até a próxima gota,
respiro até o próximo beijo,
deliro até que de novo
a febre me queime
infinitas vezes...
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Dom
Meu peso mantém preso o seu corpo,
refém do meu desejo,
meu brinquedo,
meu reino,
onde me perco e começo
o interminável passeio
pelos prazeres secretos,
que apenas eu conheço
e, só a você, entrego...
refém do meu desejo,
meu brinquedo,
meu reino,
onde me perco e começo
o interminável passeio
pelos prazeres secretos,
que apenas eu conheço
e, só a você, entrego...
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Pax
Depois de todas as loucuras
repetidamente imaginadas
(deliciosamente repetidas...) ,
surge essa desconcertante sanidade
e eu encontro, deitada no seu peito,
tranqüila como quem ama,
a estranha que vive em mim...
repetidamente imaginadas
(deliciosamente repetidas...) ,
surge essa desconcertante sanidade
e eu encontro, deitada no seu peito,
tranqüila como quem ama,
a estranha que vive em mim...
terça-feira, dezembro 20, 2005
Toque
Sua mão esboça
curvas e paralelas
nas minhas costas...
Invisíveis traços
do lado de dentro
dos meus braços...
E, nas coxas que separo,
o risco das unhas e suas digitais
desenham trilhas diferentes
para destinos iguais...
curvas e paralelas
nas minhas costas...
Invisíveis traços
do lado de dentro
dos meus braços...
E, nas coxas que separo,
o risco das unhas e suas digitais
desenham trilhas diferentes
para destinos iguais...
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Flora
Não se deixe enganar
por minhas pétalas secretas,
pelo perfume no ar,
a cor exposta
e o mel que escorre...
O mais bonito não se mostra,
no escuro cala e consente,
não é efêmera flor,
é feminina semente...
por minhas pétalas secretas,
pelo perfume no ar,
a cor exposta
e o mel que escorre...
O mais bonito não se mostra,
no escuro cala e consente,
não é efêmera flor,
é feminina semente...
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Sede
Além dos nossos sons,
não há mais nada...
Talvez uma música,
mas não identifico...
Nosso quase se estende até o limite,
falso infinito...
Então mordo o lábio, mastigo seu nome
(engasgando com as palavras que não digo)
e só tenho alívio quando bebo o 'eu te amo'
que você diz na minha boca,
quando goza comigo...
não há mais nada...
Talvez uma música,
mas não identifico...
Nosso quase se estende até o limite,
falso infinito...
Então mordo o lábio, mastigo seu nome
(engasgando com as palavras que não digo)
e só tenho alívio quando bebo o 'eu te amo'
que você diz na minha boca,
quando goza comigo...
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Festa
Sinto seu chamado e o sangue acelera,
levando seu nome a cada uma das células,
anúncio de alegria
(sonho que me resta!)
e o amor me prepara para nossa festa...
Quando minhas mãos se cravam nos seus ombros
e minha boca na sua só deseja beijos,
as carícias eu espalho pela sua pele
esfregando sem pudor o meu corpo inteiro...
levando seu nome a cada uma das células,
anúncio de alegria
(sonho que me resta!)
e o amor me prepara para nossa festa...
Quando minhas mãos se cravam nos seus ombros
e minha boca na sua só deseja beijos,
as carícias eu espalho pela sua pele
esfregando sem pudor o meu corpo inteiro...
sábado, dezembro 10, 2005
Dalí
Quero, sem a pressa dos segundos
e sem a pressão dos minutos,
tocar você de todas as formas,
recriar nossos mundos...
Demarcar com a língua suas fronteiras,
para depois rompê-las...
Brincar com o impossível eterno a cada hora
e deixar o tempo para a rota circular dos relógios...
e sem a pressão dos minutos,
tocar você de todas as formas,
recriar nossos mundos...
Demarcar com a língua suas fronteiras,
para depois rompê-las...
Brincar com o impossível eterno a cada hora
e deixar o tempo para a rota circular dos relógios...
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Outra
Não dá para negar a minha fome
ou a sede que tenho pelo que é teu...
Se te olho como se visse Deus
(em transe como se fosses meu)
sem culpa, eu te procuro...
Não pode ser pecado o que tenho de mais puro!...
ou a sede que tenho pelo que é teu...
Se te olho como se visse Deus
(em transe como se fosses meu)
sem culpa, eu te procuro...
Não pode ser pecado o que tenho de mais puro!...
quarta-feira, dezembro 07, 2005
terça-feira, dezembro 06, 2005
Luz
A calmaria é frágil
e a tempestade, implícita,
mas eu durmo tranqüila
sob o farol da sua vigília....
e a tempestade, implícita,
mas eu durmo tranqüila
sob o farol da sua vigília....
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Jam Session
O encontro dos poros,
a combinação do suor,
os gestos sem ensaio
e a conversa dos olhares...
Essa mistura sem medida
coloca em nossa luxúria
a trilha sonora do delírio,
ato e gemido,
a mais (im)pura libido...
Só o diálogo improvisado das nossas peles silencia
a vida surda e seu monólogo sem sentido!...
a combinação do suor,
os gestos sem ensaio
e a conversa dos olhares...
Essa mistura sem medida
coloca em nossa luxúria
a trilha sonora do delírio,
ato e gemido,
a mais (im)pura libido...
Só o diálogo improvisado das nossas peles silencia
a vida surda e seu monólogo sem sentido!...
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Flamenco
Meu corpo sobre o seu
é encaixe e movimento,
dança úmida no silêncio...
A música toca por dentro,
vibra no sangue
e ecoa no gozo,
enquanto sorrimos
ensurdecendo...
é encaixe e movimento,
dança úmida no silêncio...
A música toca por dentro,
vibra no sangue
e ecoa no gozo,
enquanto sorrimos
ensurdecendo...
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