Mais uma madrugada
vazia de palavras,
plena de sentido,
outros sentidos plenamente saciados,
corpos em laço, adormecidos...
Desenhos de fumaça,
indianos signos,
guiam nossos sonhos de pecado
para um futuro paraíso...
Um movimento, um som, um desejo proibido
matam o sono para salvar a vida
e arde nos meus olhos um novo pedido...
Sua resposta vem num sorriso puro,
enquanto a brasa perfumada e rubra
queima lentamente no escuro...
"Yo sé que estoy ligado a ti/ más fuerte que la hiedra/ porque tus ojos de mis sueños/ no pueden separarse jamás." Agustín Lara
sexta-feira, setembro 15, 2006
segunda-feira, setembro 11, 2006
Audaz
Para quem já teve medo.
Quanto mais clara é minha palavra
e mais expostos brilham meus perigos,
mais a sua boca, em trilha incerta,
hesita, vai e volta, acaba comigo...
Se o seu amor junta as mil partes
em que o prazer me quebra,
o meu amor rompe as mil grades
com que você se cerca...
Vencido, você rasga os mapas,
vencida, eu arrisco o amigo:
em qualquer sentido
estaremos perdidos...
E se desfaz no beijo proibido
tudo o que era, antes, impossível...
Quanto mais clara é minha palavra
e mais expostos brilham meus perigos,
mais a sua boca, em trilha incerta,
hesita, vai e volta, acaba comigo...
Se o seu amor junta as mil partes
em que o prazer me quebra,
o meu amor rompe as mil grades
com que você se cerca...
Vencido, você rasga os mapas,
vencida, eu arrisco o amigo:
em qualquer sentido
estaremos perdidos...
E se desfaz no beijo proibido
tudo o que era, antes, impossível...
sexta-feira, setembro 01, 2006
Razões
Sim, eu me viro,
dobro o corpo e espalho a alma
quando você sorri o desejo, mas não fala,
faz a palavra desnecessária...
Sim, eu me abro
em braços, pernas, boca...
Quero cada gota do seu silêncio
latejado e morno...
Sim, para qualquer pedido.
Sua, para qualquer loucura.
Porque me agrada ser a segunda,
dona absoluta de coisa nenhuma,
outra, porém única.
Porque eu gosto do seu olhar perdido
quando eu venço, por vida súbita,
o jogo antigo em que você reluta,
mas me procura pedindo abrigo...
dobro o corpo e espalho a alma
quando você sorri o desejo, mas não fala,
faz a palavra desnecessária...
Sim, eu me abro
em braços, pernas, boca...
Quero cada gota do seu silêncio
latejado e morno...
Sim, para qualquer pedido.
Sua, para qualquer loucura.
Porque me agrada ser a segunda,
dona absoluta de coisa nenhuma,
outra, porém única.
Porque eu gosto do seu olhar perdido
quando eu venço, por vida súbita,
o jogo antigo em que você reluta,
mas me procura pedindo abrigo...
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