Quero ouvir o som
da tua respiração,
pausado ou
en tre cor ta do,
no sono ou no pecado.
Quero sob minha cabeça
teu peito
e sobre teu peito
todos os meus sonhos.
Quero a noite.
"Yo sé que estoy ligado a ti/ más fuerte que la hiedra/ porque tus ojos de mis sueños/ no pueden separarse jamás." Agustín Lara
sábado, fevereiro 26, 2005
domingo, fevereiro 20, 2005
Má
Não quero o olhar estático dos santos
ou a cruel ilusão dos anjos e suas asas
tenho culpa e gosto dos pecados
que cometo por fome e por desejo
nunca saciados.
Não quero que me digam o quanto sou boa
ou que pensem em mim com simpatia
tenho em mim ódios e vinganças
que planejo por prazer e por loucura
com muito cuidado.
Não quero que me dêem água fresca
ou mel das pequeninas abelhas irritantes
minha sede pede nada além de uma taça de vinho
o suor da tua pele
e teu gozo.
ou a cruel ilusão dos anjos e suas asas
tenho culpa e gosto dos pecados
que cometo por fome e por desejo
nunca saciados.
Não quero que me digam o quanto sou boa
ou que pensem em mim com simpatia
tenho em mim ódios e vinganças
que planejo por prazer e por loucura
com muito cuidado.
Não quero que me dêem água fresca
ou mel das pequeninas abelhas irritantes
minha sede pede nada além de uma taça de vinho
o suor da tua pele
e teu gozo.
sábado, fevereiro 19, 2005
Particular
Dos vários sons que partilhamos
ficou na memória, como gatilho,
o som de tua porta se fechando,
no clique, promessa de delírio.
Era como se o giro da chave deixasse lá fora
as bobagens que escolhi em vez de ti...
e do lado de dentro ficasse trancado
o amor, o desejo, o frenesi.
Tua porta trancada protegia
nossas almas finalmente libertadas,
o tempo lá fora, parado,
aqui dentro o universo em sintonia.
Entre esse clique e o outro,
que me expulsava,
era a vida mais plena que existia.
Sinto saudade, meu amor,
das tuas portas...
ficou na memória, como gatilho,
o som de tua porta se fechando,
no clique, promessa de delírio.
Era como se o giro da chave deixasse lá fora
as bobagens que escolhi em vez de ti...
e do lado de dentro ficasse trancado
o amor, o desejo, o frenesi.
Tua porta trancada protegia
nossas almas finalmente libertadas,
o tempo lá fora, parado,
aqui dentro o universo em sintonia.
Entre esse clique e o outro,
que me expulsava,
era a vida mais plena que existia.
Sinto saudade, meu amor,
das tuas portas...
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
Tardes
Quarta-feira.
Tarde.
Banho de horas.
Perfume,uma gota.
O todo.
Detalhe.
Quarta-feira.
Pausa.
Sem culpa
ou medo.
Silêncio.
Sussurro.
Grito.
Excesso.
Falta.
Quarta-feira.
Chuva. Sol. Frio.
Pressa.
Sempre.
O tempo que passa.
Suave.
Bravo.
Doce.
Quarta-feira a tarde.
Eterna.
Eternamente.
Mente.
Tarde.
Banho de horas.
Perfume,uma gota.
O todo.
Detalhe.
Quarta-feira.
Pausa.
Sem culpa
ou medo.
Silêncio.
Sussurro.
Grito.
Excesso.
Falta.
Quarta-feira.
Chuva. Sol. Frio.
Pressa.
Sempre.
O tempo que passa.
Suave.
Bravo.
Doce.
Quarta-feira a tarde.
Eterna.
Eternamente.
Mente.
domingo, fevereiro 06, 2005
Pluma
Na nossa folia
teu suor que brilha
é purpurina
meu suor que pinga
chuva de confete
teu corpo se enrosca
feito serpentina.
Nosso carnaval
perde em adereço
exagera em ginga
teu enredo eu tenho
na ponta da língua
o amor nos cobre
dez em harmonia.
Nosso feriado
nunca é de descanso
tem beijo em destaque
alas se tocando
no batuque aflito
do teu coração
no meu coração.
Nossa festa
só termina
quando a chama brilha
quando o fogo finda
e caem as cinzas
bem devagarinho
da tua cigarrilha.
teu suor que brilha
é purpurina
meu suor que pinga
chuva de confete
teu corpo se enrosca
feito serpentina.
Nosso carnaval
perde em adereço
exagera em ginga
teu enredo eu tenho
na ponta da língua
o amor nos cobre
dez em harmonia.
Nosso feriado
nunca é de descanso
tem beijo em destaque
alas se tocando
no batuque aflito
do teu coração
no meu coração.
Nossa festa
só termina
quando a chama brilha
quando o fogo finda
e caem as cinzas
bem devagarinho
da tua cigarrilha.
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