quarta-feira, janeiro 12, 2005

Armadilha

Vem mais perto
tão perto que eu desconheça
os limites.
Vem. Vem mais perto
que eu quero contar tuas células,
meu tempo é infinito.
Vem. Agora.
Que o Sol está procurando minha janela.
Depressa.
Deixa teus pés acharem o caminho
da minha casa.
E tuas mãos acharem o caminho
da minha pele.
Deixa teu corpo achar...
Não!
Quero que teu corpo perca
a razão,
o peso,
a culpa,
o tédio,
o cansaço,
a certeza.
Vem.
Vem mais perto.
Vem...
Vem...
Vem!

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