Quero casar com você
ou ter um filho seu
ou ir à Lua...
O que vier primeiro.
Porque você, às vezes,
meu amor,
complica...
"Yo sé que estoy ligado a ti/ más fuerte que la hiedra/ porque tus ojos de mis sueños/ no pueden separarse jamás." Agustín Lara
sábado, março 19, 2005
Momentânea
Hoje eu gostaria
de um fenomenal excesso de palavras
para explicar o simples.
Porque café na mesa,
beijo,
abraço,
vinho e vela,
quando caem na vida
perdem valor.
Hoje eu gostaria
de um pouco de mesuras,
flores novas,
encontro na rua,
namoro de volta
na nossa rotina...
Porque preciso ter,
de novo,
meu amante
vespertino...
de um fenomenal excesso de palavras
para explicar o simples.
Porque café na mesa,
beijo,
abraço,
vinho e vela,
quando caem na vida
perdem valor.
Hoje eu gostaria
de um pouco de mesuras,
flores novas,
encontro na rua,
namoro de volta
na nossa rotina...
Porque preciso ter,
de novo,
meu amante
vespertino...
Orgulho
Chega.
Cansei de esperar
o telefone tocar.
Vou me arrumar,
me perfumar,
e vou pra tua porta
te esperar
pessoalmente.
Cansei de esperar
o telefone tocar.
Vou me arrumar,
me perfumar,
e vou pra tua porta
te esperar
pessoalmente.
Adolescente
Deixa eu ser tua menina,
de pipoca no cinema,
saia curta, cabelão...
Deixa..
Deixa meu tempo parado...
Nas brincadeiras do passado,
quero ser tua princesa,
pular corda,
passa anel...
Quero ser sempre a primeira namorada,
chegar as dez, despenteada,
culpando a condução...
E ter você, com meus cadernos caminhando,
pelo caminho mais longo,
como em eternos quinze anos...
de pipoca no cinema,
saia curta, cabelão...
Deixa..
Deixa meu tempo parado...
Nas brincadeiras do passado,
quero ser tua princesa,
pular corda,
passa anel...
Quero ser sempre a primeira namorada,
chegar as dez, despenteada,
culpando a condução...
E ter você, com meus cadernos caminhando,
pelo caminho mais longo,
como em eternos quinze anos...
terça-feira, março 15, 2005
Bagagem
Toda mulher carrega seus fardos.
Eu carrego o peso
dos meus longos cabelos,
dos brincos cintilantes,
dos meus pequenos seios,
da bolsa com seus recheios,
da roupa que cobre os pêlos,
dos pêlos,
dos saltos,
dos erros...
E no fim da noite ainda desejo
sobre meus pesos
teu peso...
Eu carrego o peso
dos meus longos cabelos,
dos brincos cintilantes,
dos meus pequenos seios,
da bolsa com seus recheios,
da roupa que cobre os pêlos,
dos pêlos,
dos saltos,
dos erros...
E no fim da noite ainda desejo
sobre meus pesos
teu peso...
Cor de Rosa
Quando nasci mulher, eu não sabia do fardo.
Fazer o quê, a gente nunca sabe...
Contudo, nunca maldisse a minha sina
por ter sido feita menina...
Carrego em mim como se fossem adornos
a necessidade e alento,
uma ligeira falsa santidade,
o mudar de idéia a todo momento...
Quando nasci mulher,
eu não sabia do peso da culpa,
do tempo,
de um homem sobre mim,
mas os carrego com graça
e sigo diariamente meus caminhos,
com passos muito leves,
escandalosamente femininos...
Fazer o quê, a gente nunca sabe...
Contudo, nunca maldisse a minha sina
por ter sido feita menina...
Carrego em mim como se fossem adornos
a necessidade e alento,
uma ligeira falsa santidade,
o mudar de idéia a todo momento...
Quando nasci mulher,
eu não sabia do peso da culpa,
do tempo,
de um homem sobre mim,
mas os carrego com graça
e sigo diariamente meus caminhos,
com passos muito leves,
escandalosamente femininos...
domingo, março 13, 2005
Desejo
Nessas noites quentes
tua falta grita
como um lamento
por chuva
ou vento.
E estaticamente
minha pele sua
longe da tua.
tua falta grita
como um lamento
por chuva
ou vento.
E estaticamente
minha pele sua
longe da tua.
Castigo
Quisera poder te prender
como as palavras no papel.
E ver-te desbotar,
amarelar,
desintegrar,
numa gaveta esquecida.
Tua liberdade, no entanto,
é palavra ao vento
jamais escrita.
Eu te ouço como quem duvida,
e em lágrimas arrependidas
eu desboto,
amarelo,
desintegro,
no fundo de ti.
como as palavras no papel.
E ver-te desbotar,
amarelar,
desintegrar,
numa gaveta esquecida.
Tua liberdade, no entanto,
é palavra ao vento
jamais escrita.
Eu te ouço como quem duvida,
e em lágrimas arrependidas
eu desboto,
amarelo,
desintegro,
no fundo de ti.
Na espera
Que me venha o poema,
esse amante incerto
de palavras fugidias,
versos desconexos.
Que me venha o poema,
esse amor antigo,
seu gosto de mel
falseando o veneno.
Ilumine minhas noites
e preencha meus dias
numa quarentena,
meu dono, o poema.
Pois cada rima é um beijo,
cada letra, um carinho
do meu amante incerto,
do meu amor antigo,
do amigo poema
que vive comigo.
esse amante incerto
de palavras fugidias,
versos desconexos.
Que me venha o poema,
esse amor antigo,
seu gosto de mel
falseando o veneno.
Ilumine minhas noites
e preencha meus dias
numa quarentena,
meu dono, o poema.
Pois cada rima é um beijo,
cada letra, um carinho
do meu amante incerto,
do meu amor antigo,
do amigo poema
que vive comigo.
sexta-feira, março 11, 2005
terça-feira, março 08, 2005
Everest
Não me chame de amorzinho
que odeio diminutivos.
Quero ser sua paixão
ou nada.
Pode dizer que sou insuportável,
nunca chatinha.
Se é pra ser,
que eu seja o máximo.
De tudo.
que odeio diminutivos.
Quero ser sua paixão
ou nada.
Pode dizer que sou insuportável,
nunca chatinha.
Se é pra ser,
que eu seja o máximo.
De tudo.
Assinar:
Postagens (Atom)