Movimento pleno,
deslizante, lento...
Uma ligeira fuga,
que se frustra
e se repete...
Quase fora,
quase livre,
e volta...
Suor que brilha,
ar que falta,
sons que sobram
nos ouvidos...
Então um olhar,
um beijo tremido
e um sorriso...
"Yo sé que estoy ligado a ti/ más fuerte que la hiedra/ porque tus ojos de mis sueños/ no pueden separarse jamás." Agustín Lara
quarta-feira, agosto 31, 2005
terça-feira, agosto 30, 2005
domingo, agosto 28, 2005
Pagã
Venha para mim
nas horas esquecidas,
quando dormem as santas,
que não sonham...
Venha para mim
nas horas roubadas,
quando rezam as puras,
que não gozam...
Venha para o amor,
eterna chama,
que arde, à sua espera,
no altar da minha cama...
nas horas esquecidas,
quando dormem as santas,
que não sonham...
Venha para mim
nas horas roubadas,
quando rezam as puras,
que não gozam...
Venha para o amor,
eterna chama,
que arde, à sua espera,
no altar da minha cama...
sábado, agosto 27, 2005
sexta-feira, agosto 26, 2005
Cortesã
Coloque entre meus lábios
a prova da sua vontade...
A mão, na minha nuca,
puxa, mas não machuca...
Assim, ensina o seu jeito,
no ritmo do desejo,
e o seu prazer eu aprendo,
mulher entre seus joelhos,
no mais íntimo dos beijos...
a prova da sua vontade...
A mão, na minha nuca,
puxa, mas não machuca...
Assim, ensina o seu jeito,
no ritmo do desejo,
e o seu prazer eu aprendo,
mulher entre seus joelhos,
no mais íntimo dos beijos...
terça-feira, agosto 23, 2005
sábado, agosto 20, 2005
Beco
Venha para mim
nos cantos mais escuros
e, da forma mais escusa,
me use...
Sem que ninguém veja,
sem que ninguém saiba,
depressa, invada...
Sinta, nos gemidos,
o prazer me consumindo
e jorre, amante atrevido,
no fundo, como eu preciso...
nos cantos mais escuros
e, da forma mais escusa,
me use...
Sem que ninguém veja,
sem que ninguém saiba,
depressa, invada...
Sinta, nos gemidos,
o prazer me consumindo
e jorre, amante atrevido,
no fundo, como eu preciso...
segunda-feira, agosto 15, 2005
Serial
Uma a uma,
mate minhas vontades,
com requintadas
perversões...
E seu corpo condeno,
sem julgamentos,
ao prazer perpétuo
em minhas úmidas
prisões...
mate minhas vontades,
com requintadas
perversões...
E seu corpo condeno,
sem julgamentos,
ao prazer perpétuo
em minhas úmidas
prisões...
sábado, agosto 13, 2005
Poema Ateu
Não creio em astros que nos unam
ou em deuses que nos separem...
O destino dos nossos dias
está escrito por dentro
e sempre se manifesta
no vibrar de cada célula,
quando nossas vozes se calam
e se colam nossas peles...
ou em deuses que nos separem...
O destino dos nossos dias
está escrito por dentro
e sempre se manifesta
no vibrar de cada célula,
quando nossas vozes se calam
e se colam nossas peles...
sexta-feira, agosto 12, 2005
Astral
Saio dos lençóis
e vou ver o sol
aninhado na janela,
como você estava,
entre minhas pernas...
Só mais um beijo,
eu me prometo...
E uma lua desfocada
é a próxima coisa que vejo...
e vou ver o sol
aninhado na janela,
como você estava,
entre minhas pernas...
Só mais um beijo,
eu me prometo...
E uma lua desfocada
é a próxima coisa que vejo...
quinta-feira, agosto 11, 2005
Telefone
Você fala.
E, sem que eu perceba,
minhas mãos vagam e...
O gatilho da sua voz
dispara os movimentos
e os ritmos...
No descontrole do gesto,
descrevo minha cena,
sussurros entrecortados
de cada vontade...
Eu falo.
E, sem que você perceba,
suas mãos vagam e...
E, sem que eu perceba,
minhas mãos vagam e...
O gatilho da sua voz
dispara os movimentos
e os ritmos...
No descontrole do gesto,
descrevo minha cena,
sussurros entrecortados
de cada vontade...
Eu falo.
E, sem que você perceba,
suas mãos vagam e...
terça-feira, agosto 09, 2005
Amém
Todos os dias
meu amor peca,
confessa,
paga penitência,
mas não se arrepende...
Sem culpa
me põe de joelhos
e os pecados,
alegremente,
repete...
meu amor peca,
confessa,
paga penitência,
mas não se arrepende...
Sem culpa
me põe de joelhos
e os pecados,
alegremente,
repete...
segunda-feira, agosto 08, 2005
domingo, agosto 07, 2005
Eros
Até a fronteira da sanidade,
venha.
Além dos limites do meu corpo,
entre.
Quando não houver mais espaço,
force.
Se forçar for impossível,
pare...
Sinta-se prender
na primeira contração
do meu prazer...
Então, brincando de fugir
das minhas amarras,
comigo voe...
venha.
Além dos limites do meu corpo,
entre.
Quando não houver mais espaço,
force.
Se forçar for impossível,
pare...
Sinta-se prender
na primeira contração
do meu prazer...
Então, brincando de fugir
das minhas amarras,
comigo voe...
sábado, agosto 06, 2005
Marinha
Sinto em minhas costas
o calor do seu peito,
o coração que bate
acelerado como o meu...
O mesmo mar olhamos
pela janela ensolarada,
barcos balançando,
ao longe o cais...
Linda paisagem que desaparece
quando o prazer nos toma
e nos abandona
tremulamente verticais...
o calor do seu peito,
o coração que bate
acelerado como o meu...
O mesmo mar olhamos
pela janela ensolarada,
barcos balançando,
ao longe o cais...
Linda paisagem que desaparece
quando o prazer nos toma
e nos abandona
tremulamente verticais...
sexta-feira, agosto 05, 2005
Chiaroscuro
O desejo é claro,
o amor, escuro...
Na profundidade
dos movimentos,
novas dimensões
de prazer...
Escuros quartos,
em claras tardes,
vontades várias
realizadas...
Luz e sombra,
secretamente,
você e eu,
sempre...
o amor, escuro...
Na profundidade
dos movimentos,
novas dimensões
de prazer...
Escuros quartos,
em claras tardes,
vontades várias
realizadas...
Luz e sombra,
secretamente,
você e eu,
sempre...
quarta-feira, agosto 03, 2005
terça-feira, agosto 02, 2005
Gourmet
Em minha boca guardo
os sabores misturados
do beijo que trocamos
depois dos beijos
mais profanos...
os sabores misturados
do beijo que trocamos
depois dos beijos
mais profanos...
segunda-feira, agosto 01, 2005
Torre
Eu me rendo à sua invasão.
Desejo os repetidos saques,
os alucinantes incêndios...
Quero que tome o que não for dado
e destrua o que for antigo...
Então quando o passado
for apenas terra devastada,
construa sobre as ruínas,
redesenhada e colorida,
sua nova morada
e, em mim, viva...
Desejo os repetidos saques,
os alucinantes incêndios...
Quero que tome o que não for dado
e destrua o que for antigo...
Então quando o passado
for apenas terra devastada,
construa sobre as ruínas,
redesenhada e colorida,
sua nova morada
e, em mim, viva...
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