Ainda agora há pouco,
em outra vida,
nas pontas dos meus dedos
o amor,
o improviso do amor,
o amor impreciso,
o possível inacreditável infinito...
Há dois segundos,
há mil anos,
seu corpo entre meus joelhos,
sempre o eterno primeiro
a cada (re)começo,
desde que me conheço...
No limite das nossas horas,
sempre mais bonita
era a palavra não dita,
certa apesar dos erros
e da incerteza dos dias
ao redor das quartas-feiras...
"Yo sé que estoy ligado a ti/ más fuerte que la hiedra/ porque tus ojos de mis sueños/ no pueden separarse jamás." Agustín Lara
quarta-feira, abril 26, 2006
segunda-feira, abril 24, 2006
Outono
Minha pele espera
a língua e os lábios...
O pulso, o braço...
A coxa, embaixo...
As costas, os dedos,
o que é fundo
e o que (res)salta...
A penugem, o pêlo
e cada úmido segredo
maduro e doce sob seu beijo...
A flor, no vaso,
inventa primavera
e eu suspiro
(inventando brisa),
quando sua colheita é precisa:
a boca,
o fruto,
a mordida
e o sumo...
a língua e os lábios...
O pulso, o braço...
A coxa, embaixo...
As costas, os dedos,
o que é fundo
e o que (res)salta...
A penugem, o pêlo
e cada úmido segredo
maduro e doce sob seu beijo...
A flor, no vaso,
inventa primavera
e eu suspiro
(inventando brisa),
quando sua colheita é precisa:
a boca,
o fruto,
a mordida
e o sumo...
sexta-feira, abril 14, 2006
De amor
Sua demora me leva
ao sono das esperas,
ausente de sonhos,
cansado de guerras...
Sua chegada me revela
nada santa, talvez bela
ou apenas a mulher
que só você desperta...
Desperta,
respiro o ar que nos cerca,
bebo beijos, toco pêlos,
mordo lábios, abro pernas,
meu desejo se supera...
O cansaço do prazer me leva
e eu sonho o momento passado,
enquanto o sonho que me ama
dorme a meu lado
(e ressona)...
ao sono das esperas,
ausente de sonhos,
cansado de guerras...
Sua chegada me revela
nada santa, talvez bela
ou apenas a mulher
que só você desperta...
Desperta,
respiro o ar que nos cerca,
bebo beijos, toco pêlos,
mordo lábios, abro pernas,
meu desejo se supera...
O cansaço do prazer me leva
e eu sonho o momento passado,
enquanto o sonho que me ama
dorme a meu lado
(e ressona)...
segunda-feira, abril 10, 2006
Ilusionista
Sob sua luz castanha
me exponho
e transformo,
para sua rendição,
o amor em gesto,
a surpresa em movimento,
a diferença em comunhão...
Íntimo show onde surge,
satisfeita e nua,
da mulher que sou,
a mulher que é sua...
me exponho
e transformo,
para sua rendição,
o amor em gesto,
a surpresa em movimento,
a diferença em comunhão...
Íntimo show onde surge,
satisfeita e nua,
da mulher que sou,
a mulher que é sua...
segunda-feira, abril 03, 2006
Legado
Quero o beijo esfregado
inchando meus lábios
e a mordida que grava
seus dentes no ombro,
vermelho baixo-relevo
que no espelho me assombra...
Depois, venha como se coubesse,
na falsa dor que guarda a promessa
do prazer umedecendo as frestas...
Tire do amor toda a delicadeza
e espalhe marcas na minha pele,
secretas provas de amor que levo
quando, saciado, você me deixa...
inchando meus lábios
e a mordida que grava
seus dentes no ombro,
vermelho baixo-relevo
que no espelho me assombra...
Depois, venha como se coubesse,
na falsa dor que guarda a promessa
do prazer umedecendo as frestas...
Tire do amor toda a delicadeza
e espalhe marcas na minha pele,
secretas provas de amor que levo
quando, saciado, você me deixa...
Assinar:
Postagens (Atom)