A moldura da noite nos faz indistintos,
cegos por escolha sob a lua apagada,
entregues a quatro sentidos vorazes,
a um amor e a várias vontades...
Quando amanhece, o sol que nos revela
aquece suas costas e as minhas...
Na pele que exponho, sua sombra desenha
a promessa alucinante de mais uma vinda...
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"Yo sé que estoy ligado a ti/ más fuerte que la hiedra/ porque tus ojos de mis sueños/ no pueden separarse jamás." Agustín Lara
terça-feira, janeiro 31, 2006
terça-feira, janeiro 24, 2006
Indícios
Coração leve e corpo tranqüilo...
Olhos no teto e música nos ouvidos...
Taça vazia...
Cera derretida...
Saciedade plena sob a luz do dia...
Você veio.
Eu brilho!...
Olhos no teto e música nos ouvidos...
Taça vazia...
Cera derretida...
Saciedade plena sob a luz do dia...
Você veio.
Eu brilho!...
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Resgate
No meio do caminho
entre o beijo e o infinito,
no momento preciso em que estamos
completamente perdidos,
seus dedos abrem a trilha
e minha mão é a guia...
entre o beijo e o infinito,
no momento preciso em que estamos
completamente perdidos,
seus dedos abrem a trilha
e minha mão é a guia...
sábado, janeiro 14, 2006
Assim
Nas pontas dos pés
alcanço seu beijo,
giro, bailarina,
e ofereço
a rédea dos cabelos,
a cintura fina,
o equilíbrio frágil dos joelhos...
A mordida na nuca
incendeia o pavio da coluna
e eu me dobro em quatro
sobre os travesseiros,
completamente acesa...
Entre gemidos, peço coisas obcenas
e, entre as pernas, sinto seu sorriso,
antes de você atender aos meus pedidos...
alcanço seu beijo,
giro, bailarina,
e ofereço
a rédea dos cabelos,
a cintura fina,
o equilíbrio frágil dos joelhos...
A mordida na nuca
incendeia o pavio da coluna
e eu me dobro em quatro
sobre os travesseiros,
completamente acesa...
Entre gemidos, peço coisas obcenas
e, entre as pernas, sinto seu sorriso,
antes de você atender aos meus pedidos...
sexta-feira, janeiro 13, 2006
Junco
Seu olhar,
castanho absurdo,
fundo de rio
onde não mergulho...
Em silêncio, deito à margem,
iludo a sede, sorrio,
molho as pontas do sonho
e durmo...
castanho absurdo,
fundo de rio
onde não mergulho...
Em silêncio, deito à margem,
iludo a sede, sorrio,
molho as pontas do sonho
e durmo...
Pureza
Em preto e vermelho
a máscara escorre...
Giram, na pia do banheiro,
água,
lágrima
e cor...
No espelho iluminado
vejo apenas o reflexo limpo
que daqui a dois segundos
vai boiar nos seus olhos lindos
e úmidos...
a máscara escorre...
Giram, na pia do banheiro,
água,
lágrima
e cor...
No espelho iluminado
vejo apenas o reflexo limpo
que daqui a dois segundos
vai boiar nos seus olhos lindos
e úmidos...
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Lona
Silenciosamente,
você engole a nossa chama
e se deixa arder por dentro
(segredo protegido...),
enquanto eu ignoro o perigo
e, de braços abertos na sua cama,
caminho no fio esticado das palavras que digo...
você engole a nossa chama
e se deixa arder por dentro
(segredo protegido...),
enquanto eu ignoro o perigo
e, de braços abertos na sua cama,
caminho no fio esticado das palavras que digo...
segunda-feira, janeiro 02, 2006
De verão
No céu limpo do quarto
faíscam as nossas vontades...
Sem aviso sua camisa voa,
nuvem clara,
chovendo botões a esmo...
Entre beijos, meu vestido cai,
poça vermelha,
ao redor dos tornozelos...
Depois, é trovão no peito
e você me inunda
mais uma vez...
faíscam as nossas vontades...
Sem aviso sua camisa voa,
nuvem clara,
chovendo botões a esmo...
Entre beijos, meu vestido cai,
poça vermelha,
ao redor dos tornozelos...
Depois, é trovão no peito
e você me inunda
mais uma vez...
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