sexta-feira, setembro 01, 2006

Razões

Sim, eu me viro,
dobro o corpo e espalho a alma
quando você sorri o desejo, mas não fala,
faz a palavra desnecessária...
Sim, eu me abro
em braços, pernas, boca...
Quero cada gota do seu silêncio
latejado e morno...
Sim, para qualquer pedido.
Sua, para qualquer loucura.
Porque me agrada ser a segunda,
dona absoluta de coisa nenhuma,
outra, porém única.
Porque eu gosto do seu olhar perdido
quando eu venço, por vida súbita,
o jogo antigo em que você reluta,
mas me procura pedindo abrigo...

4 comentários:

Anônimo disse...

pro meu gosto, uma das coisas mais bonitas que você colocou aqui. mais uma vez, gosto das imagens que você coloca. como vão as coisas, eu ando meio puto com tudo. beijo pra você.

Anônimo disse...

Maria! Maria! Jogando com os "contrários", com os paradoxos do pensamento e do ato...é coisa demais de boniteza! Mas, ser dona de coisa nenhuma e, no final das contas, "dona de tudo o que vale a pena" é mais do que boniteza é...sabedoria!
Nunca vi um erotismo tão suavemente delineado...Sabia?
Beijos.
Dora

Anônimo disse...

Olá!
Vim deixar um beijo em teu coração, ler tuas poesias e te desejar uma boa semana.

Revelar um segredo que nos confiaram é trair um amigo.

Anônimo disse...

Mario... Obrigada pelo carinho e acho que ficar puto em setembro é bem normal... Estamos todos um tanto... :-) Beijão!

Dora, olha... Nem sei mais como agradecer por suas palavras... Então beijo, beijo, beijo, beijo... :-)

Iara Loba, obrigada pela visita carinhosa... Como foi que chegou aqui, mulher? Morro de curiosidade dessas coisas... :-) Beijão!