domingo, fevereiro 20, 2005

Não quero o olhar estático dos santos
ou a cruel ilusão dos anjos e suas asas
tenho culpa e gosto dos pecados
que cometo por fome e por desejo
nunca saciados.

Não quero que me digam o quanto sou boa
ou que pensem em mim com simpatia
tenho em mim ódios e vinganças
que planejo por prazer e por loucura
com muito cuidado.

Não quero que me dêem água fresca
ou mel das pequeninas abelhas irritantes
minha sede pede nada além de uma taça de vinho
o suor da tua pele
e teu gozo.

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