domingo, março 13, 2005

Castigo

Quisera poder te prender
como as palavras no papel.
E ver-te desbotar,
amarelar,
desintegrar,
numa gaveta esquecida.

Tua liberdade, no entanto,
é palavra ao vento
jamais escrita.
Eu te ouço como quem duvida,
e em lágrimas arrependidas
eu desboto,
amarelo,
desintegro,
no fundo de ti.

Nenhum comentário: