domingo, março 13, 2005

Na espera

Que me venha o poema,
esse amante incerto
de palavras fugidias,
versos desconexos.

Que me venha o poema,
esse amor antigo,
seu gosto de mel
falseando o veneno.

Ilumine minhas noites
e preencha meus dias
numa quarentena,
meu dono, o poema.

Pois cada rima é um beijo,
cada letra, um carinho
do meu amante incerto,
do meu amor antigo,
do amigo poema
que vive comigo.

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