quinta-feira, novembro 23, 2006

Estigma

O amor que me marca,
concebido com todas as máculas,
desenha na pele cada passo da paixão:
a umidade do beijo,
que apaga todo o passado,
a pressão dos dedos,
que tatua a futura saudade,
a mordida,
a permitida invasão...
Então me ajoelho
sem oração,
nego as vontades
sem convicção
e me revelo fraca,
como as amantes são.
Cometo, todos os dias,
o pecado nada original,
sem medo do castigo...
E espero todas as horas
que me salve, sem mais demora,
o seu interno batismo...

2 comentários:

Edgar Borges disse...

oi,prima, saudades de tu! como vão essas poesias batismais?
Se engolir água afoga?

Anônimo disse...

Edgar, meu primo índio! Saudade também... Afogo nada! Só engulo pra matar a sede! :-) Beijos!