sexta-feira, abril 22, 2005

Visual

Às vezes, mais do que sentir,
desejo ver o movimento de teus dedos
na minha pele,
o lento passeio,
o deslizar,
o aperto.

A hipnose premeditada
no toque,
no ritmo,
no silêncio quase completo
do nosso mundo de penumbra.

Sinto falta de olhar a posse sem posse
de tuas mãos no meu corpo,
a certeza de teus dedos,
a calma do carinho de quem se sabe dono
sem palavras,
sem papel,
sem papéis.

O desejo de te ver em mim
me cega.

Um comentário:

Anônimo disse...

Visual, sensorial, profundo, "sem palavras" para tentar descrever a sensação desse poema! Lindo, amiga!