segunda-feira, janeiro 02, 2006

De verão

No céu limpo do quarto
faíscam as nossas vontades...
Sem aviso sua camisa voa,
nuvem clara,
chovendo botões a esmo...
Entre beijos, meu vestido cai,
poça vermelha,
ao redor dos tornozelos...
Depois, é trovão no peito
e você me inunda
mais uma vez...

3 comentários:

Edgar Borges disse...

Prima, que belo poema para começar 2006. praticamente vi, em cortes cinematográficos, a blusa e o vestido sendo tirados.
bjs e um bom 2006.

Anônimo disse...

Uh-la-la, Maria... chuva de verão que arras(t)a a tudo! A 'visão' da poça vermelha no chão é maravilhosa, maravilhosa. A dos botões que 'chovem', é magnifica! Você faísca poesia com, no mínimo, perfeição. Beijomeu, Maria.

Anônimo disse...

um temporal por aqui

beijão